Quem nunca pensou nisto? Todos nós, quando éramos crianças ou adolescentes, tivemos de responder à pergunta "o que queres ser quando fores grande?". Muitas vezes éramos honestos e dizíamos o que nos era mais atrativo, naquele momento: "bombeiro, cozinheiro, artista de circo, polícia, médico" e as reações das pessoas iam-nos dando uma ideia da dimensão do nosso sonho ou disparate que tínhamos dito "isso não, que não dá dinheiro", "achas mesmo que vais conseguir?", "nem penses nisso, o teu pai não vai deixar", "isso não é uma profissão para homens/mulheres", ...
E a confusão instalava-se "então o que é que vou escolher?" E muitas vezes ficamos a pensar : "o que eu quero não pode ser: tem de ser algo melhor".
Mas afinal qual será a melhor escolha?
A que vai permitir mostrar todas as minhas competências ou aquela que me vai garantir um emprego certinho?
Aquela que me mantém ao lado dos meus amigos ou a que me motiva para saber mais e fazer melhor?
A que concretiza os sonhos dos meus pais ou a que me leva a crescer cada dia um pouco mais?
A medida do sucesso depende de cada um mas certamente que a perceção de ser bem sucedido na vida não passa por ganhar muito dinheiro ou ser famoso. Ou se assim fosse não havia tantas pessoas bem conhecidas de todos nós, famosas e ricas, que se mostram muito infelizes e com grandes problemas.
Então o que contribui para o sucesso? O que nos poderá trazer a noção de que somos bem sucedidos?
John Lewis Holland, psicólogo americano, no final dos anos 50 do seculo XX criou a Teoria das Escolhas Vocacionais. Ele diz que as preferências ocupacionais são uma forma de expressão da personalidade do indivíduo. Assim, aquilo de que as pessoas gostam (os seus interesses) são formas de expressão da personalidade, isto é, os interesses profissionais representam a personalidade do indivíduo no trabalho.
Holland diz ainda que as pessoas procuram ambientes que lhes permitam pôr em prática as suas capacidades e aptidões, expressar as suas atitudes e valores e assumirem estatutos e papéis que lhes sejam agradáveis, ou seja, os indivíduos tentam procurar ambientes compatíveis com as características da sua personalidade. Considera que a escolha profissional deveria ser baseada na combinação entre os interesses individuais e o ambiente onde a pessoa se encontra inserida, respeitando os seus valores e interesses, optando pelas profissões que lhe convêm e recusando as que não lhe agradam.
E o mais importante de tudo: ele defende que a congruência entre a personalidade e a escolha profissional produz resultados desejáveis, como a satisfação e a realização profissional, e por sua vez, a incongruência, causa o contrário. Isto é, quando uma pessoa escolhe uma profissão que está de acordo com os seus interesses e a sua personalidade aumenta a motivação interna para o trabalho. As pessoas sentir-se-ão mais satisfeitas e estáveis se o contexto profissional em que trabalham for concordante com a sua personalidade, salientando-se assim a importância dessas escolhas na promoção da saúde mental.
Então, o que escolher?
Só cada um o pode dizer, pois tem de ser uma escolha pessoal, congruente ou ajustada com os seus interesses, características pessoais e valores. Assim haverá motivação, crescimento pessoal e bem-estar. Haverá saúde física e psicológica.
Deixamos-te aqui um vídeo com algumas dicas para poderes pensar na tua escolha.
Fica bem.
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