A Escola é um lugar seguro
Com este novo (no sentido
literal da palavra) regresso às aulas, muitas questões se colocam… A nós como
profissionais e a vós como Pais e cuidadores por excelência de crianças que, ao
fim de seis meses, vão frequentar a escola em condições deveras especiais.
E a maior questão de todas é sem dúvida a da segurança.
Para as crianças e jovens a da segurança que a
escola continua lá para eles, a segurança de que continuam a ter amigos com
quem poderão voltar a conviver de perto, a segurança de que vão continuar a
aprender e a progredir de forma equilibrada e justa para todos.
Para os Pais o pensamento maior será o da segurança física e do
risco de contrair a doença que nos pôs a todos em casa.
Todos queremos voltar à normalidade (sabendo que deixou de existir
há uns meses e de que outra surgirá naturalmente). Todos queremos estar seguros
e acredito que todos daremos o nosso melhor para isso. Partindo do pressuposto
que a ação de cada um faz a diferença, e que essa ação é movida pela vontade de
que “vai ficar tudo bem”, faremos então a nossa parte. Por onde começar? Por
normalizar o que não é normal, ou seja, por aceitar a realidade atual e agir em
conformidade de forma o mais tranquila possível.
Tal como preparamos a roupa e as refeições
para a semana, passaremos a preparar as máscaras. Na chegada a casa, devemos continuar a descalçar os sapatos à
entrada, a reforçar a limpeza das mãos com água e sabão (certos de que haverá
gel na escola para uma higienização regular), a mudar de roupa e higienizar lancheiras e garrafas de água.
Sem dramatismos, vamos evitar ficar alterados caso alguma das
precauções seja quebrada pelos nossos filhos, em vez disso, vamos explicar-lhes
a importância dos atos e reforçar para prevenir situações
futuras. Para darmos o nosso melhor e para que os nossos filhos o possam também
fazer, importa tratarmos o assunto de forma calma e ponderada,
caso contrário vamos acentuar angústias e ansiedades desnecessárias.
Vamos lembrarmo-nos que a melhor aprendizagem
é por modelagem, ou seja, é através do exemplo que damos. Se
queremos o uso permanente e cuidado da máscara, em vez de o explicar, devemos
fazer como queremos que eles façam. Aliás, muito se tem dito sobre isto: quanto
mais pessoas andarem com máscara na rua, muitas mais seguirão o exemplo.
Quando percebemos que estão preocupados, vamos querer ouvir o
que nos querem dizer, reconhecendo que podem não estar bem e que isso é
normal, é normal ter medo.
Recordemos que sem estarmos bem, é mais
difícil ultrapassar a barreiras com que nos vamos deparando, e que há coisas
que não controlamos (nem podemos, mesmo querendo muito). Por isso, confiemos
nas nossas ações e no esforço de todos - das crianças aos profissionais que os
acompanham.
Na Escola, estamos como vós, a querer dar
o nosso melhor.
Regressar à Escola Em Tempo de Pandemia by Psicólogas/Spo AEIDH on Scribd
Sem comentários:
Enviar um comentário