sexta-feira, 1 de outubro de 2021

O Outono está aí!


O Outono começou há uma semana e para trás ficou o nosso tão querido verão. Parece que andamos 11 meses a trabalhar (qual formiga) para finalmente chegarmos a agosto, ou ao verão, e podermos desfrutar de umas belas férias tão bem merecidas! A sensação que dá é que andamos o ano todo à espera do verão! 

Parece que ficamos em modo automático, focados no trabalho, no dia a dia familiar, nas rotinas e casacos de inverno. No inicio estamos bem, é um novo recomeço este setembro e depois o outubro outonal. Devagar entraremos no inverno que nos traz o Natal e a Família. Novo recomeço em janeiro e aí a energia já não é a mesma, estamos a caminhar em direção ao verão, às férias, ao descanso ou/e diversão. 

No verão parece que cuidamos melhor de nós, somos mais felizes junto de quem gostamos, aproveitamos melhor o tempo: estamos de férias. Ora, tudo isto é bom... se não fosse só um mês entre doze! Se conseguíssemos prolongar o verão... Não, não me parece. 

O verão é tempo quente e o outono (que em Viseu também é quente) é o tempo das castanhas, das folhas caídas no chão e das árvores coloridas de cores quentes e boas! O outono, seguido do agreste e acolhedor inverno, tem o seu encanto, nesta cidade única que é a nossa. Então e se aproveitássemos melhor o outono, o inverno e a florescente primavera? Por nós, pelos nosso filhos.

Há quem diga que, quando somos crianças, o nosso primeiro espelho são os nossos pais, e de facto sabe-se que estes são os modelos e a sua ação o melhor motor de todas as aprendizagens. Os filhos aprendem com os exemplos dos pais, com o que observam na forma de viver, de se relacionar, de estar emocionalmente presente. Tudo o que os pais fazem os filhos absorvem e, mais do que as palavras que ouvem, os filhos vão imitar e querer ser iguais a estes seus modelos. Por isso é tão importante o comportamento dos pais na educação dos filhos. O exemplo que dão traduz-se nos valores que transmitem aos filhos. De nada serve ensinar que devemos falar com calma quando, como pai, imponho a minha autoridade com voz alta. Para quê dizer que importa jantar em família quando depois comemos calados a ver e a ouvir a televisão ou nos levantamos mal ouvimos uma notificação do telemóvel...

Se queremos filhos tranquilos, bem com eles próprios e com a sua realidade, temos que começar por nós. Se preferirem, os filhos podem ser a nossa motivação para nos dedicarmos mais a nós e ao bem estar durante os doze meses do ano. 

O desafio é distribuirmos o bem estar, que sentimos nas férias, por todos os meses do ano. O descanso, a diversão, o estar com os nossos, conhecer novos sítios e lugares, provar novos sabores... Afinal é a nossa vida durante 12 meses. Será que merecemos? Será que pensamos que é necessário muito dinheiro que não temos e só amealhamos para o verão?

Desafio-vos a pensar nisto e, em seguida, a delinear um plano para realmente desfrutar de todos os meses do ano. Afinal, cada dia que passa não é mais um dia, mas sim um a menos pois já foi vivido... Celebremos então a vida, cuidemos de nós e de quem nos rodeia, da melhor forma possível. E, mesmo em tempo de trabalho, lembremos que genial ideia a de quem inventou o fim de semana! 


Desenhe um plano adequado a si para que, no fim do dia ou no fim da semana, seja muito mais fácil estar presente, para si e para os filhos que o veem como um exemplo a seguir.


Preste atenção às suas necessidades e ao seu ritmo pessoal.

Atreva-se a parar, a respirar e a experimentar coisas novas.

            Tenha coragem e arranje tempo para fazer nada! (conseguiremos ser criativos?)

Dê um passeio perto de casa ou  na cidade numa tarde de sábado. 

Partilhe uma refeição com quem gosta e não é habitual.

Tire fotografias engraçadas com os seus filhos. 
                           Faça-lhes uma pequena surpresa.

Faça a sua sobremesa preferida especialmente para si.

Jogue com os seus filhos, desenhe, leia uma revista (que   requisita numa visita inesperada que faz à biblioteca municipal).

Aventure-se a brincar, arrisque divertir-se  (deixe um livro antigo num banco de jardim, com uma mensagem dirigida ao desconhecido que o vai encontrar).

Faça as coisas devagar, dê-lhes mais atenção, foque-se nelas evitando a distração e outras tarefas pelo meio. 

Dê importância ao tempo. 

Há pessoas que começam a abrandar quando se sentem no limite da vida, mas sem nos sentirmos pressionados pelo tempo, podemos abrandar quando quisermos (falamos de prioridades e planeamento). 

Com esta ideia em mente, deixamos um pequeno vídeo duma associação internacional que também está presente no nosso país, a Associação Slow Movement PortugalPara o inspirar.


De vez em quando, é preciso desligar, é preciso conectarmo-nos connosco e com aquilo que para nós é deveras importante. Por nós, pelos nossos filhos.



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