sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Quando foi a última vez que sentiste...

     ADMIRAÇÃO     ALEGRIA      ALÍVIO     ORGULHO     BONDADE   PRAZER          TRANQUILIDADE    ENTUSIASMO      FORÇA     SOSSEGO     INTERESSE 
              TOLERÂNCIA   ANIMAÇÃO     DELEITE    GRATIDÃO


Todas estas emoções se associam a sensações e sentimentos agradáveis. Hoje vamos falar-vos  da gratidão.
Como já sabemos, todas as emoções são importantes e necessárias para o nosso bem estar, mesmo aquelas que não gostamos 😜, mas algumas são mais poderosas em prolongar esse mesmo bem estar e por isso nos fazem tão bem!

A GRATIDÃO é o que sentimos quando apreciamos as pequenas coisas da vida, quando nos sentimos gratos por aquilo que somos, temos e vivemos. Quando nos concentramos no momento presente e o apreciamos tal como ele é, sentimos gratidão. E... quando nos sentimos gratos é impossível termos emoções desagradáveis! A gratidão é tão poderosa que, enquanto dura, impede o aparecimento de emoções como a tristeza, a raiva ou o medo. Parece-nos que esta é uma boa notícia!😄

A gratidão é sentida quando temos consciência do que de bom nos acontece sem o consideramos como garantido. Está associada à valorização do que se tem à nossa volta e a outras emoções como a bondade, a gentileza e a partilha. 


É um sentimento que permite tirar a máxima satisfação das circunstâncias de vida e isso tem uma explicação científica. Quando nos sentimos gratos o nosso cérebro reage, libertando uma substância química - a dopamina - que provoca a sensação de bem estar, humor e prazer.  Quanto maior é o nível de dopamina, maior é a sensação de bem estar e satisfação. E esse estado emocional positivo pode expandir-se (ou crescer) porque, quando nos sentimos gratos, ficamos com maior vontade em retribuir o que recebemos e, dessa forma, aumentamos o bem que sentimos.


Vários são os investigadores - Emmons e Shelton (2005), Seligman (2008), entre outros - que, através de estudos científicos, nos provam que a prática regular de gratidão traz inúmeros benefícios para as pessoas, nomeadamente psicológicos, físicos e interpessoais.                                   

    Quando nos sentimos gratos por algo, somos mais agradáveis com os outros, extrovertidos e abertos a novas oportunidades.



Já pensaste porque é que te sentes grat@?

Se quiseres praticar esta emoção, podes concentrar-te em algo que gostas ou te faz sentir bem, sentindo-te agradecido por o poderes experienciar. Que bom é podermos estar com quem mais gostamos...          

Podes também fazer uma lista das coisas boas que tens na tua vida ou até escrever uma Carta de Gratidão a alguém muito importante para ti. Nessa carta podes recordar alguns momentos únicos que viveste com essa pessoa, agradecendo o que faz de bom por ti e dizendo-lhe o quanto é especial. Depois podes ler essa carta a quem a dirigiste e, se o fizeres, vais sentir-te muito bem, pois a tua emoção vai crescer e ser ainda melhor!


Se preferires algo mais simples, pensa diariamente, por exemplo à noite, nas coisas boas que aconteceram durante o dia, focando-te nos bons e pequenos momentos. Vais ver que há coisas que às vezes não prestas atenção mas que fazem com que o teu dia tenha vários momentos bons e felizes. Ao recordá-los vais sentir algo parecido (e bom) com o que sentiste naquele dia.

Para te inspirar deixamos-te um video sobre esta amável emoção.



De acordo com Emmons (2009), as pessoas gratas são capazes de dar mais valor aos ganhos imateriais, não residindo por isso a sua felicidade nos bens materiais. Como não avaliam o seu êxito com base em bens materiais, não sentem tanta inveja dos outros. Apesar disto, e dada a sua habilidade em retirar o melhor da vida, conseguem também retirar o melhor dos bens materiais, ainda que sejam “materialistas com consciência”. Segundo Maslow, a habilidade para experienciar e expressar gratidão é essencial para a saúde emocional, e a vida pode ser melhorada se formos capazes de contar as nossas bênçãos (Emmons & Shelton, 2005) - in Gratidão: um estudo longitudinal sobre o impacto pessoal e relacional, de Ana Filipa Vasconcelos Alves.

 
Não é a felicidade que nos torna gratos, mas a gratidão que nos torna felizes.
Martin Seligman


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