"Devo escolher uma profissão onde posso fazer o que eu gosto ou devo pensar primeiro na remuneração e escolher algo onde se ganha muito dinheiro?"
Afinal, quem não quer ganhar bem?
Todas as pessoas querem ganhar bem, para não dependerem dos pais ou de apoios do Estado e para não terem de se privar de algumas coisas por não ter dinheiro suficiente no banco. Só que a parte mais difícil é ter de estudar durante vários anos matérias nada interessantes e passar o resto da vida a fazer tarefas que não aprecia nem são motivantes.
Muitas vezes os pais e até os professores dizem que os alunos devem escolher algo “seguro”, que traga mais dinheiro para sobreviver. Há profissões que para os pais são sinónimo de estabilidade económica e estatuto social, mas será que vale a pena trabalhar em algo que não se gosta ou que nos deixa insatisfeitos? Será que queres ser mais uma pessoa dos milhões que trabalham só para receber o pagamento ao final do mês? Será que alguma dessas pessoas chega a destacar-se no que faz e a sentir-se realizada?
Fazer o que se gosta
Na teoria é mais simples do que na realidade, pois às vezes nem sabemos o que gostamos. Outras vezes gostamos de tantas coisas que é difícil escolher o que gostamos mais. Uma dica útil é pensar em hobbies, nas atividades de tempos livres que gostas de fazer (indo para além do clássico estar nas redes sociais e ver vídeos ou streams) e depois decidir pelos que gostas mais e que possibilitem o exercício de uma profissão. Ou seja, ver nas atividades que gostas de fazer aquelas em que se pode tirar proveito disso de uma maneira genuína, com talento e disciplina, pois milagres não existem.
O ideal é a pessoa sentir-se satisfeita com a profissão que exerce. Ou seja, conseguir fazer uma avaliação positiva das duas componentes da satisfação com o trabalho:
1- na componente cognitiva, que diz respeito ao que o indivíduo pensa e a suas opiniões sobre o trabalho e
2- na componente afetivo ou emocional, que diz respeito a quão bem uma pessoa se sente em relação a um trabalho.
Isto é, a pessoa satisfeita com o seu trabalho tem bons pensamentos sobre o seu trabalho e sente-se bem no que faz.
Claro que há muitos fatores que podem contribuir para a insatisfação com o trabalho que se faz, mas a congruência entre os seus interesses, o perfil de personalidade e as tarefas e o ambiente profissional são essenciais para que a pessoa se sinta bem. E quando isso acontece muitas outras coisas correm bem: vários estudos internacionais mostram a importância da satisfação com o trabalho no desempenho do trabalhador na sua profissão, na sua saúde física e mental e até na satisfação com a vida em geral.
Sem comentários:
Enviar um comentário