segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Será que o dinheiro nos faz realmente mais felizes?

No seguimento do tema que vos trouxemos na semana passada, hoje deixamos uma questão para refletirem:


Será que o dinheiro nos faz realmente mais felizes?



Hoje trazemos uma discussão muito antiga e até um pouco controversa. Se, por um lado, alguns estudos apontam para a felicidade que o dinheiro nos pode trazer, por outro lado existem cada vez mais investigações que procuram provar o contrário... 



Afinal... qual o impacto que o dinheiro tem na nossa felicidade?


Um estudo recente realizado com alunos da University of British Columbia procurou responder a estas questões, correlacionando o nível de bem-estar cognitivo e emocional com o nível de felicidade dos alunos, antes e depois de estarem formados. Este mesmo estudo sugere que, apesar das evidências mostrarem que, em média, as pessoas mais ricas são mais felizes, a partir de certo patamar, ganhar muito dinheiro não aumentará inevitavelmente os nossos níveis de felicidade. O que determina a quantidade de felicidade que obtemos através do dinheiro é a maneira como o gastamos, economizamos e pensamos sobre ele.


Então... parece que, afinal, a felicidade que o dinheiro pode trazer não está dependente da quantidade, mas sim da gestão que fazemos dele.



Por exemplo:

Acumular uma pequena reserva (o chamado Fundo de Emergência) pode fazer a diferença. Gerir o nosso orçamento de modo a conseguirmos poupar algum dinheiro pode melhorar os nossos níveis de bem-estar, tranquilizando-nos relativamente a uma situação inesperada. 



Ainda assim, a ideia de economizar dinheiro pode não ser fácil de concretizar, quando as despesas são muitas e o orçamento é apertado. Por isso, deixamos algumas dicas que podem ajudar. Comece por responder a estas duas perguntas:

👉 O que quero comprar é essencial à minha sobrevivência?

👉 A despesa vai contribuir genuinamente para a minha felicidade?

Se a resposta for "não", tente evitar essas despesas, nem que seja por algumas semanas apenas. No entanto, se o gasto o deixar feliz e couber no seu orçamento, vá em frente e aproveite, sem se culpar.


Vejamos agora as maneiras pelas quais pode escolher gastar o seu dinheiro com maior probabilidade de lhe trazer felicidade:


1. Gaste em experiências, não em coisas. Viagens, espetáculos, concertos, idas ao cinema, ou refeições num sítio especial. Estudos recentes têm mostrado que estes gastos fazem as pessoas mais felizes do que os gastos em bens materiais, como um telemóvel novo ou uma roupa de marca.



2. Compre tempo. Gastar em serviços que economizam o seu tempo pode parecer contraditório, quando falamos em poupanças, mas parece que ganhar tempo faz com que os níveis de felicidade aumentem! Então, faça um balanço daquilo que lhe rouba tempo precioso que podia gastar com a família, ou a fazer algo que realmente gosta e lhe dá prazer, e invista em algo que o permita recuperar esses prazeres da vida.



3. Invista nos outros. Faça esta experiência hoje mesmo: pegue em 5€ e compre uma prenda simbólica para um amigo, ajude alguém necessitado ou faça uma doação a uma instituição que seja importante para si. Embora possa ser tentador gastar esse dinheiro consigo próprio, uma década de pesquisas mostra que a probabilidade de obter felicidade gastando dinheiro com outra pessoa é muito maior do que quando o gasta consigo próprio.


Isto não significa gastar tudo para obter felicidade. Significa priorizar os nossos gastos de modo que estes possam deixá-lo mais feliz e satisfeito com a gestão que faz do seu dinheiro.


E há tantas coisas boas da vida que podemos fazem que não custam quase nada, e nos podem fazer tão felizes? Experimente!



Agora que auxiliámos a reflexão sobre este assunto... ainda acredita que é a quantidade de dinheiro que temos que nos torna mais felizes? 😀




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