sexta-feira, 25 de março de 2022

Multitasking, afinal é uma coisa boa ou má?

A reflexão de hoje prende-se com a questão: conseguimos ou não executar múltiplas tarefas em simultâneo?

Este mito surgiu aquando da proliferação da tecnologia da comunicação e a maioria das pessoas tem a sensação que é muito boa a fazer várias tarefas ao mesmo tempo.


Apesar disso, o que a neurociência nos transmite é que ninguém pode executar eficazmente várias tarefas em simultâneo, especialmente se as tarefas exigem alto processamento cognitivo.

Estender a roupa enquanto fala ao telemóvel com alguém ou enquanto canta a sua música preferida são tarefas compatíveis porque uma das atividades é rotineira e já está automatizada. Por outro lado, contar um acontecimento ao telefone enquanto lê um e-mail é algo diferente. Se tentar fazê-lo, será ineficiente em vários momentos e irá desligar-se da conversa ou do que está a ler.

Muitos jovens têm por hábito dizer que gostam de ouvir música enquanto estudam ou fazem os trabalhos de casa, e a música pode ser relaxante e uma coisa positiva se ficar em segundo plano. Em contrapartida, utilizar o telemóvel para ver mensagens, redes sociais ou até mesmo ver televisão não é benéfico, uma vez que a atenção não consegue ser partilhada.


O nosso cérebro concentra-se em cada conceito sequencialmente e a capacidade de atenção necessária para aprendermos exige esse foco. Por isso é que os estudos realizados que analisaram o multitasking em alunos durante as aulas, demonstram mais dificuldade na retenção dos conceitos e um menor desempenho académico.


O nosso cérebro é fantástico, mas não conseguimos mesmo fazer diferentes tarefas ao mesmo tempo, pelo que para conseguir conciliar duas tarefas é necessário alternar atenção entre uma e outra.

É por isso que devemos concentrar-nos apenas numa tarefa, quando aquilo que temos para fazer é exigente do ponto de vista cognitivo!

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